sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Reencarnação e a Bíblia

 DIFERENÇA ENTRE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO

A palavra ressurreição é oriunda do latim, resurrectione, e tem como significado o ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar.
Nos termos trazidos pelo Evangelho Segundo o Espiritismo, a ressurreição supõe o retorno à vida do corpo que morreu, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo estão, desde há muito, dispersos e absorvidos.
O dogma trazido pela igreja tem o condão de fazer seus fiéis acreditarem na possibilidade acima discutida, o que verificamos ser algo irrealizável.
Os ensinamentos cristãos, oriundos do nosso Mestre Jesus, diziam respeito à reencarnação e não à ressurreição, como veremos a seguir.

REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA

A Bíblia possui inúmeras assertivas acerca da reencarnação, como por exemplo aquela em que Jesus afirma ser João Batista a reencarnação do profeta Elias.
Todavia, o trecho abaixo transcrito do evangelho de São João, nos parece mais adequado ao estudo ora desenvolvido:
“Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus – que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele”.
Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Disse-lhe Nicodemos: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer pela segunda vez?”
Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.”
Respondeu-lhe Nicodemos: “Como pode isso fazer-se?” – Jesus lhe observou: “Pois quê! És mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?” (São João, cap. III, vv. 1 a 12).

Quando Jesus disse a Nicodemos que a carne procede da carne e o espírito procede do espírito, quis dizer que o corpo carnal nasce de um outro corpo carnal, como o filho que cresce no ventre de sua mãe, mas enfatizou que o espírito é imortal e a sua procedência é divina e nascerá em um novo corpo toda vez que houver necessidade de reparação, ajustamento ou evolução.


Se você perdeu, pode conferir a primeira parte sobre Reencarnação clicando AQUI!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Reencarnação

CONCEITO DE REENCARNAÇÃO

Encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo, mais precisamente em seu capítulo IV, a definição de reencarnação como o retorno da alma ou do espírito à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ela, e que nada tem de comum com o antigo. Atualmente o referido vocábulo está presente até mesmo nos dicionários da língua portuguesa, que definem a palavra reencarnar como a possibilidade do espírito reassumir a sua forma material.

Reencarnar (prefixo “re” + encarnar, do latim incarnare) é voltar à carne, ou seja, tornar o espírito a habitar um corpo carnal com o objetivo de se burilar e se aperfeiçoar na senda do progresso a que todos estamos predestinados.

Nos dias de hoje a reencarnação é amplamente discutida e debatida entre todos os segmentos da sociedade; até mesmo as religiões não-reencarnacionistas guardam enorme respeito aos adeptos da crença das vidas sucessivas do espírito. É cediço que nós espíritas constituímos o único segmento que ainda se intitula como religião reencarnacionista-cristã. As demais congregações cristãs, como por exemplo o catolicismo ou o protestantismo, admitem a imortalidade da alma, mas não compactuam com a hipótese de o espírito ter a faculdade de renascer em um novo corpo. Entretanto, prosélitos de outras seitas desvinculadas do cristianismo, tais como Seicho-No-Ie e o Budismo, as religiões afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, aceitam a reencarnação como forma natural do aprimoramento e amadurecimento do ser humano, assim como outras doutrinas espiritualistas que vislumbram no Cristo em ente iluminado, crêem na possibilidade da reencarnação, mas não possuem característica religiosa, como é o caso do racionalismo cristão, entre outros.


ESQUECIMENTO DO PASSADO

Os críticos mais pertinazes do tema em debate atribuem a não existência da reencarnação ao fato de não nos recordarmos das vidas anteriores. Porém, um estudo superficial não nos daria condições de analisar com a devida clareza as finalidades e justificativas das vidas sucessivas. Talvez em razão disso seja a descrença encontrada no posicionamento de cépticos e censores.

O esquecimento do passado é uma bênção. Deus, na sua infinita sabedoria, permite aos seus filhos voltar à Terra, novamente encarnados, reunidos em um mesmo grupo ou família. Espíritos afins reencontram-se com o objetivo de se aprimorarem e as lembranças de vidas pretéritas prejudicariam o desempenho da criatura na atual existência. Ódios, rancores, amarguras, rusgas e desentendimentos poderiam vir à tona atrapalhando o exercício do amor fraternal no seio familiar ou no grupo de convívio.

A providência divina se encarrega de atender todas as necessidades do espírito encarnado na sua atual existência e as recordações do passado poderiam prejudicá-lo em sua missão. O déspota, ao retornar á vida carnal, certamente iria envergonhar-se de sua condição e atravancar o seu progresso em busca da redenção. O soberbo renascido entre os miseráveis e estropiados não admitiria ser rebaixado da posição social em que outrora se encontrava. Inimigos e desafetos encarnados no mesmo círculo familiar, como pais, filhos ou irmãos, fatalmente se digladiariam na hipótese de se recordarem dos malefícios que fizeram um ao outro.

O ato de perdoar ainda é muito difícil de ser praticado em nossa condição evolutiva. Por isso, o esquecimento do passado vem de encontro com as necessidades do espírito. Algozes ferrenhos poderiam aprender o exercício do amor, da paciência e da tolerância, desde que não se recordem das feridas que foram provocadas e o perdão virá de forma natural a dissolver as intrigas existentes entre as criaturas.

Eis o significado da não recordação do que fomos, sentimos ou com quem nos relacionamos em existências anteriores. O que deve permanecer tão somente é a consciência imortal do espírito, que o levará a habitar moradas mais sublimas da Casa do Pai.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mensagem

"Marcar estudo e fazer a sério, mesmo havendo interrupções.
Muitos estudam e precisam estar presentes."

"Eles precisam ajudar o outro. Cooperação.
Tem receio de falarem o que sentem (...) e compreensão no relacionamento, tem que existir respeito a si e ao próximo."

terça-feira, 11 de outubro de 2011

12 de Outubro - Dia de N.Sra. Aparecida (Oxum)

OXUM
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida


1. Orixá feminino de origem ioruba, bastante cultuado no Brasil, onde sua imagem é quase sempre associada à maternidade, sendo frequentemente invocada através da carinhosa expressão “Mamãe Oxum”.
2. Oxum é destacada como dona da água doce e, por extensão, de todos os rios e cachoeiras.
3. Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade. Tem a responsabilidade de zelar tantos pelos fetos em geração como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar. Certa confusão pode estabelecer-se entre as funções de Oxum e as de Iemanjá, já que dividem o poder sobre a maternidade.
4. Oxum representa a feminilidade, a gravidez e a mãe de todas as crianças que não falam. Oxum preside a devoção e o amor materno.
5. Senhora das águas doces, rios, riachos, lagos, é símbolo da busca constante dos valores familiares.
6. Também considerada deusa do amor, da candura, da brisa fresca, da alegria, da fartura e da riqueza.
7. Os falangeiros da Orixá Oxum quando se manifestam nos terreiros de Umbanda fazem  movimentos suaves com os braços como que atraindo para si o sentimento das pessoas, renovando-os e transformando em sentimentos de união. Emitem longo choro, dando passes e reativando as energias positivas naqueles que necessitam dessa mudança e renovação.
8. Oxum distribui a energia de união através do movimento das águas doces, que serve como condutor magnético de suas ondas vibratórias, harmonizando as energias da natureza.
9. Os pedidos para Mamãe Oxum podem ser direcionados à proteção na gestação, fertilidade, amor, riqueza (interior), paz no lar, saúde e firmeza nos negócios e finanças.
10. Características dos filhos (arquétipo) de Oxum: O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social. São pensativos, elegantes, charmosos, atenciosos, trabalhadores, espertos, os filhos de Oxum tem um que doce no olhar. São pessoas extremamente sensíveis e de choro muito fácil. Dóceis, amáveis, carinhosos, sequiosos de amor, justiça e paz interior. São realistas, com os pés eternamente no chão, muito determinados, como é determinada a água que corre nos rios e cachoeira.
11. Cor: Azul e amarelo
12. Fio de Contas (Guia): Amarelo ouro ou azul
13. Ervas: Jasmim e Dinheiro em penca
14. Símbolo: Lírio ou coração
15. Pontos da Natureza: Cachoeira e Rios
16. Flores: Lírios
17. Pedras: Topázio
18. Metal: Ouro 
19. Saúde: Órgãos Reprodutores
20. Dia da Semana: Sábado
21. Elemento: Água
22. Saudação: “Ora ye ye Mamãe Oxum”, “Ao ie ie u Mamãe Oxum”
23. Bebida: Champanhe
24. Fruta: Banana
25. Comidas: Pirão e Quindim
26. Data Comemorativa: 12 de Outubro
27. Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida
28. Incompatibilidades (Quizilas): Abacaxi e Barata

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mediunidade na Umbanda

A mediunidade é compromisso assumido na Espiritualidade, antes mesmo de se reencarnar. É como se deixássemos uma autorização ao mundo espiritual para que, quando chegada a hora certa, possamos servir de “elo de comunicação” (instrumento) para os espíritos poderem se comunicar.
Por que então, tantas vezes a mediunidade não é praticada? Algumas vezes porque esse compromisso é esquecido ou camuflado perante uma sociedade que geralmente olha a Umbanda com grande preconceito.
Mediunidade para a maioria dos Umbandistas é sinônimo de muita luta, resignação e sacrifício; por outro lado, ao longo da caminhada, nos proporciona uma imensa certeza do dever cumprido. Os médiuns de Umbanda são aqueles que, vem com seu perispírito preparado para ser instrumento de comunicação, orientação ou cura nos trabalhos Umbandistas.
Algumas pessoas chegam ao Centro (terreiro) por “amor”, outras pela “dor” e outras ainda pela “obsessão”.
Todos devem ter consciência e responsabilidade para saber que antes de se assumir um lugar nos trabalhos de uma Casa de Umbanda, é preciso ter maturidade; ou seja, procurar aprender antes e praticar depois; para que quando a caridade seja praticada, exista responsabilidade e não aconteça o entra e sai de médiuns, tão frequentes nos terreiros.
Quando um médium ingressa num terreiro, é um elo a mais que se liga na corrente mediúnica da casa, e passa a ter deveres e obrigações, tais como: equilibrar-se ao máximo para que a corrente não perca o equilíbrio, pois quando um elo se quebra, todos caem juntos; aproveitar as giras para troca de energia com suas entidades (com a prática passa a sentir e reconhecer suas vibrações); fazer banhos de defesa no dia do trabalho; não praticar atos sexuais 24 horas antes do trabalho; vir com roupa branca designada pela casa; vir sem “badulaques”, tais como: relógios, brincos, pulseiras, anéis, tiaras, correntes, fivelas, etc. (as entidades precisam apenas dos médiuns, não de seus enfeites); vir sem maquiagem; seguir o regulamento da casa, como horários entre outros; quando incorporar, ser responsável pelo material utilizado pelo “seu” guia, como velas, guias, etc.
Os que chegam pela “dor”, ou seja, chegam através de algum problema que atrapalha sua vida, seu trabalho ou sua saúde, devem ser tratados até que se sintam curados do problema que os afligia e aí então, se tiverem disposição e vontade, podem fazer parte da corrente, primeiro estudando os trabalhos, analisando e tendo a certeza que é o que realmente quer.
Por último, os médiuns que chegam através da “obsessão” precisam ser cuidadosamente orientados, tratados e energizados, bem como a entidade obsessora. Com o tempo, quando houver o afastamento da entidade, fatalmente haverá a melhora do médium e aí chega a hora da recomposição da energia perdida, principalmente atuando nos chacras e na aura do paciente. Na Umbanda um dos tratamentos de desobsessão é feito através do “transporte” que consiste em transferir a entidade que acompanha o paciente para um médium preparado que dê condições para a entidade se manifestar.
Geralmente, o primeiro passo para o médium dentro do trabalho da Umbanda é ser “cambono”, ou seja, ajudar a entidade que está atendendo as pessoas.
Quando um médium está cambonando deve entender que mesmo que o caboclo (preto-velho, criança ou exu) esteja conversando com outras pessoas durante o trabalho, a entidade continua atuando nele, ajudando no seu desenvolvimento. Pouco a pouco, com o passar do tempo, os médiuns que forem de incorporação começarão a sentir as vibrações das entidades que começam a se aproximar de sua mente e do seu corpo. Alguns se assustam, outros se retraem, outros começam a inventar passos para a entidade, e aí começa um período de enorme insegurança para o médium em desenvolvimento. Os questionamentos começam: “Será que sou eu ou a entidade?” Essa é a pergunta mais frequente na iniciação dos médiuns, porque mesmo sentindo que realmente existe uma força maior junto dele, ele não entende como pode ouvir, ou ver, ou saber o que está sendo feito. Ora, seria muito fácil se simplesmente a consciência sumisse e as entidades trabalhassem sozinhas. Mas onde estaria a responsabilidade do médium? Como iria evoluir? Como iria aprender? Na Umbanda a maioria dos médiuns tem consciência do que se passa; alguns têm semiconsciência e raríssimos são inconscientes.
Os que ouvem e veem o que sentem durante o trabalho, no começo se sentem inseguros; mas com o passar do tempo, a maior prova que se tem da presença da entidade é o resultado do trabalho junto aos pacientes. Qual a fórmula mágica que o médium consciente tem para agir corretamente e não mistificar? Veja esses conselhos: “Seja sincero com você mesmo; se você não se enganar, não enganará ninguém”. Coloque no seu subconsciente que não é você que vai trabalhar e seja um bom instrumento. Não queira passar na frente dos caboclos e colocar a “sua” vontade em prática. Não queira imitar outros médiuns, você tem sua individualidade e sua entidade também. Exemplo: não é porque uma entidade chega e ajoelha que todos precisam fazer o mesmo. Cada entidade tem sua própria personalidade. Cabe ao médium deixar que ela se manifeste.
Os médiuns semiconscientes são aqueles que às vezes ouvem, às vezes vêem. Precisam ter equilíbrio para não atrapalhar a comunicação. Interessante é que na quase totalidade das vezes ao término do trabalho guardam somente frases soltas, incoerentes, não se lembrando dos casos que atendeu ou que mirongas prescreveu.
Os médiuns inconscientes são aqueles que não ouvem, não vêem, ou seja, não tem nenhum controle na comunicação.
São médiuns que tem muita dificuldade no seu desenvolvimento pois quando são “puxados” na gira, sentem como se estivessem caindo num buraco fundo, e se apavoram. Por não ter controle na comunicação, não são aconselhados para tipos de trabalho de desobsessão com o “transporte”.
A mediunidade, quando desenvolvida num terreiro de Umbanda onde a seriedade e a responsabilidade são fatores constantes, tem um caminho muito bonito; mas quando isto não acontece, existe um grande perigo deste médium ficar completamente desequilibrado chegando muitas vezes até a obsessão. Outro fator de muito perigo é a incorporação sozinho, em casa (fora do Congá). Existe uma grande possibilidade de, com o passar do tempo, o médium pensar que está incorporando um Caboclo e na verdade ser outro tipo de entidade (mistificador ou zombeteiro).
Quanto às vibrações que sentimos no desenvolvimento, podemos dar um aspecto geral, lembrando que não é regra.
Caboclos de Xangô: vibração nas mãos e pernas. Peso como se fosse maior que o médium. Impressão de força.
Caboclos de Oxóssi: vibração na região da nuca. Geralmente chegam quietos. Trazem vibrações de firmeza.
Caboclos de Ogum: geralmente chegam com grito de guerra. Caboclos mais agitados, com gestos menos suaves.
Caboclos de Yemanjá: começam balançando o corpo do médium, como as águas do mar. As caboclas dançam e giram limpando as vibrações negativas das pessoas e do ambiente. Emitem energia através das mãos, no balançar dos dedos. Trazem paz.
Pretos-Velhos: vibração nas costas, que se curvam e pesam. Pernas e mãos tremem.
Crianças (Cosme e Damião): vibração de alegria. Vontade de rir, cantar. Alegria por estar ali.
Os banhos de defesa ajudam muito no desenvolvimento mediúnico, desde que usados com precaução. Cada erva tem sua força e sua magia. Cada energia serve para determinado objetivo.
Por isso os banhos não devem ser feitos sem orientação. Existem banhos que podem ser jogados da cabeça aos pés, enquanto outros somente do pescoço para baixo.
Na altura da nuca de cada médium, existe uma glândula (ponto) chamada hipófise, que é a responsável pelo desenvolvimento mediúnico. É o ponto de intercâmbio direto com a Espiritualidade. Nesse ponto, os caboclos trabalham quando vão puxar ou repulsar uma entidade – juntamente com o chacra frontal (testa).
Quando um médium é mal orientado e joga na cabeça qualquer tipo de banho (inclusive banhos fortes de descargo) pode desequilibrar totalmente a energia do perispírito levando o médium ao desgaste físico e mental, ficando muitas vezes doente.
Os banhos devem ser orientados pelas entidades para atingir bons resultados. Alguns podem até ser feitos quando se tem oportunidade, como por exemplo, o banho de cachoeira e o de mar.
Nós, médiuns da Umbanda, devemos respeitar e amar as entidades que trabalham nessa linha e nessa Casa, porque não é por acaso que um grupo se encontra; nem de entidades e nem de médiuns.
Muitas vezes nos parece difícil, quase impossível continuar a marcha; mas ZAMBI nunca nos dará uma cruz mais pesada do que possamos suportar.
Que Oxalá nos una, que os Orixás nos abençoem e que nossos Caboclos e Pretos-Velhos nos orientem até nossa volta para Aruanda.
Luz e Caridade a todos!

Mediunidade

A mediunidade é um fenômeno espiritual que ocorre com muito mais frequência do que muitos possam imaginar, pois estamos rodeados de espíritos.
Algumas pessoas dizem que vêem vultos escuros (espíritos das trevas, do astral inferior) e/ou claros (espíritos de luz, do astral superior), no seu dia-a-dia e, mesmo não sendo médiuns de vidência, têm a impressão ou a sensação de terem sentido uma presença espiritual. Mesmo assim, muitas pessoas ainda não acreditam em sua existência pelo fato de eles habitarem em planos sutis e com leis ainda desconhecidas pela ciência oficial.
Mas, independentemente de se acreditar ou não, potencialmente somos todos médiuns, pois a mediunidade é algo inerente ao espírito (é bom lembrar que estamos todos temporariamente encarnados), embora em graus variados. Alguns a possuem em estado bem aflorado, explícito; são pessoas bastante sensíveis. Outras, a possuem apenas em estado latente, precisam, portanto, desenvolvê-la.
Na Terapia Regressiva Evolutiva, em estado alterado de consciência, após ser orientado pelo seu mentor espiritual – ser desencarnado responsável diretamente pela nossa evolução espiritual – é comum aflorar mais ainda no paciente a sua mediunidade, sua P.E.S. (Percepção Extra-Sensorial) – clarividência, clariaudiência, intuição, premonição, psicografia, psicofonia, etc.
Costumamos chamar de médiuns aqueles que possuem esta faculdade (P.E.S.) de maneira ostensiva.
A grande maioria dos médiuns já vem com os canais mediúnicos abertos, pois receberam uma preparação em seu corpo espiritual (perispírito ou corpo astral) no plano astral antes de reencarnarem para exercerem sua mediunidade. No entanto, por conta do véu de esquecimento de seu passado, muitos se esquecem de seu verdadeiro propósito de vida ao virem como médiuns.
Assumiram o compromisso de exercerem sua mediunidade para saldarem seus débitos cármicos de prejuízos causados numa vida pretérita a muitas pessoas – encarnadas e desencarnadas.
Neste caso, a mediunidade é uma oportunidade de evolução e reparação de erros cometidos no passado. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e em todos os credos. Joana D’Arc, desde pequena, escutava vozes (clariaudiência) no silêncio dos bosques, que atribuía a São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, os quais a incentivavam para se voltar a Deus e defender a França. O filósofo grego Sócrates (século V a.C.) constantemente era orientado pelo seu guia espiritual: “Desde minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja voz me interpela a esta ou àquela ação.”
A Bíblia com o velho e o novo Testamento, é uma fonte riquíssima de fenômenos mediúnicos. O apóstolo João mostra a possibilidade de comunicação entre os dois mundos (encarnados e desencarnados), mas nos alerta para a qualidade dessa comunicação: “Não creias em todos os espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus”. 
Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, condição social, moral ou religião à qual se abrace. Mas, mal orientada, principalmente em médiuns bem aflorados, pode acarretar problemas sérios em suas vidas.
É frequente ver por aí, médiuns rotulados pela psiquiatria oficial de esquizofrênicos, psicóticos, com transtorno bipolar (alternância de humor extremada), transtorno de humor (depressão, ansiedade, nervosismo, irritação, angústia, etc.). Desta forma, a ciência psicológica por considerar ainda a mediunidade como um fenômeno anômalo, rotula equivocadamente os médiuns como sendo portadores de distúrbios psiquiátricos.
Por conta disso, a maioria dos profissionais da área de saúde ainda não faz um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. 
Mas, como se diz no jargão médico, cada caso é um caso, sendo fundamental uma análise mais detalhada de cada caso para sabermos distinguir um caso psiquiátrico de um desequilíbrio mediúnico.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
1. Sintoma Clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.
2. Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
3. Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
4. Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarreia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
5. Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
6. Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de Mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do Médium.