A mediunidade é um fenômeno espiritual que ocorre com muito mais frequência do que muitos possam imaginar, pois estamos rodeados de espíritos.
Algumas pessoas dizem que vêem vultos escuros (espíritos das trevas, do astral inferior) e/ou claros (espíritos de luz, do astral superior), no seu dia-a-dia e, mesmo não sendo médiuns de vidência, têm a impressão ou a sensação de terem sentido uma presença espiritual. Mesmo assim, muitas pessoas ainda não acreditam em sua existência pelo fato de eles habitarem em planos sutis e com leis ainda desconhecidas pela ciência oficial.
Mas, independentemente de se acreditar ou não, potencialmente somos todos médiuns, pois a mediunidade é algo inerente ao espírito (é bom lembrar que estamos todos temporariamente encarnados), embora em graus variados. Alguns a possuem em estado bem aflorado, explícito; são pessoas bastante sensíveis. Outras, a possuem apenas em estado latente, precisam, portanto, desenvolvê-la.
Na Terapia Regressiva Evolutiva, em estado alterado de consciência, após ser orientado pelo seu mentor espiritual – ser desencarnado responsável diretamente pela nossa evolução espiritual – é comum aflorar mais ainda no paciente a sua mediunidade, sua P.E.S. (Percepção Extra-Sensorial) – clarividência, clariaudiência, intuição, premonição, psicografia, psicofonia, etc.
Costumamos chamar de médiuns aqueles que possuem esta faculdade (P.E.S.) de maneira ostensiva.
A grande maioria dos médiuns já vem com os canais mediúnicos abertos, pois receberam uma preparação em seu corpo espiritual (perispírito ou corpo astral) no plano astral antes de reencarnarem para exercerem sua mediunidade. No entanto, por conta do véu de esquecimento de seu passado, muitos se esquecem de seu verdadeiro propósito de vida ao virem como médiuns.
Assumiram o compromisso de exercerem sua mediunidade para saldarem seus débitos cármicos de prejuízos causados numa vida pretérita a muitas pessoas – encarnadas e desencarnadas.
Neste caso, a mediunidade é uma oportunidade de evolução e reparação de erros cometidos no passado. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e em todos os credos. Joana D’Arc, desde pequena, escutava vozes (clariaudiência) no silêncio dos bosques, que atribuía a São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, os quais a incentivavam para se voltar a Deus e defender a França. O filósofo grego Sócrates (século V a.C.) constantemente era orientado pelo seu guia espiritual: “Desde minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja voz me interpela a esta ou àquela ação.”
A Bíblia com o velho e o novo Testamento, é uma fonte riquíssima de fenômenos mediúnicos. O apóstolo João mostra a possibilidade de comunicação entre os dois mundos (encarnados e desencarnados), mas nos alerta para a qualidade dessa comunicação: “Não creias em todos os espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus”.
Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, condição social, moral ou religião à qual se abrace. Mas, mal orientada, principalmente em médiuns bem aflorados, pode acarretar problemas sérios em suas vidas.
É frequente ver por aí, médiuns rotulados pela psiquiatria oficial de esquizofrênicos, psicóticos, com transtorno bipolar (alternância de humor extremada), transtorno de humor (depressão, ansiedade, nervosismo, irritação, angústia, etc.). Desta forma, a ciência psicológica por considerar ainda a mediunidade como um fenômeno anômalo, rotula equivocadamente os médiuns como sendo portadores de distúrbios psiquiátricos.
Por conta disso, a maioria dos profissionais da área de saúde ainda não faz um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito.
Mas, como se diz no jargão médico, cada caso é um caso, sendo fundamental uma análise mais detalhada de cada caso para sabermos distinguir um caso psiquiátrico de um desequilíbrio mediúnico.
PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
1. Sintoma Clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.
2. Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
3. Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
4. Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarreia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
5. Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
6. Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de Mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do Médium.