quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Linhas de Trabalho na Umbanda

As linhas de trabalho na Umbanda, são compostas por espíritos que evoluíram e se hierarquizaram, assumindo sua missão conscientemente, para auxiliar o ser humano encarnado e o desencarnado.
São espíritos com alto grau de conhecimento das leis divinas com uma grande vontade de servir a Deus através de seus semelhantes.
São consagrados mestres, magos, instrutores, guias, orientadores, conselheiros, pai, mãe, amigo, leal, verdadeiro, de moral elevada, de caráter estável, equilibrados em seu racional e emocional.
São de uma sabedoria profunda porém simples, pois já vivenciaram o lado encarnado da vida e já estão do lado espiritual.
Conhecedores e pesquisadores da natureza, dos Tronos, das Divindades, dos Orixás, da criação como um todo.
Eles vieram de diversas culturas, isso quer dizer, que utilizam-se de formas de trabalha relacionado à afinidade de costumes e culturas de outros países que não só da cultura brasileira.
Em solo brasileiro foi permitido pelo Trono das 7 Encruzilhadas, ter espaço e oportunidade de encarnados e desencarnados se unirem, trocarem experiências e aprendizados, através das comunicações, este intercâmbio chamamos de incorporação. Esse mecanismo disposto desde a criação do ser, está gravado em sua centelha original, em seu campo eletromagnético e em seu eixo, são preparados pelas divindades para esses espíritos quando encarnados serem médiuns e os desencarnados evoluídos e preparados para assumir a evolução de outros irmãos.
Quando são destinados a serem guias espirituais, frequentam “escolas astrais”, “colégios” e “cursos de aprimoramento” sobre os mistérios de Olorum e aprendem a como se comportarem na linha de trabalho que irão se manifestar.
Então as Linhas mais comuns que temos na Umbanda Sagrada:
• Caboclos e Caboclas
• Pretos Velhos e Pretas Velhas
• Crianças (meninos e meninas)
• Baianos e Baianas
• Malandros
• Ciganos e Ciganas
• Boideiros
• Marinheiros
• Exus e Pombas Giras
Quando estes guias espirituais assumem sua missão junto com o médium, cria-se um elo, e aos poucos esses médiuns precisam desenvolver estes dons mediúnicos, procurando um terreiro de Umbanda para que as manifestações sejam acompanhadas junto com o desenvolvimento mental em questão.
Não existe tempo para começar, basta querer se dedicar com amor e paciência, para que possa ser bem conduzido pelos Sagrados Orixás que regem a coroa deste médium.
Os terreiros são espaços preparados para que possa ocorrer as giras de desenvolvimento com tranquilidade, pois todos os terreiros de Umbanda, acredito eu, têm suas firmezas e seus assentamentos firmados, essas são as chaves que protegem e guardam as energias dos seus frequentadores.
Os guias espirituais assumem com o Sacerdote (Pai de Santo) os compromissos perante a espiritualidade, e dentro das hierarquias, uns assumem o grau de mentor, guia chefe e guia de frente, dando suporte e sustentação para o Sacerdote (Pai de Santo) poder lidar com as energias negativas ou com as investidas do baixo astral, ou por que não dizendo, dos médiuns que chegam com seu templo vivo e seu íntimo carregado de energias negativas. 
Os guias são espíritos incansáveis e doutrinadores, em se tratando do assunto em questão, estes mesmos guias de Lei não toleram os procedimentos errados de seus filhos, são os primeiros a lhe chamarem a atenção, eu não acredito que um verdadeiro guia de Lei possa tolerar tais atitudes, controversas às leis de amor e caridade.
Talvez seja o fato de não terem mais estrutura mental para que um espírito de luz possa passar suas comunicações, aí vem às mistificações e tantos problemas que estamos cansados de ouvir, ver ou vivenciar em várias casas.

Cada Linha de Trabalho tem sua forma de ser, seus fundamentos e sua forma de trabalhar.
Cada uma traz seus ensinamentos e todas se completam, trabalhando juntas para a evolução dos seres.
Como num grande hospital, onde cada Linha seria uma especialidade médica.
Cada espírito de luz de uma Linha seria um membro de uma equipe médica voltada a uma especialidade.
Sendo assim cada "paciente" tem cada problema tratado por seu especialista, mas todos trabalhando juntos para que ele melhore e cure no todo.
Todos os guias, de todas as Linhas trabalham em conjunto. Trabalham em equipe e não tem ciúmes ou vaidades. 
Sabem da importância de seu trabalho e do trabalho dos outros. Não se julgam melhores que outros e não subjugam os demais. Se assim fossem, não seriam espíritos de luz a nos aconselhar e orientar em nossa jornada.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

15 de Novembro - Dia da UMBANDA!

Porque dia 15 de Novembro é o Dia da Umbanda?




Segue abaixo uma carta de esclarecimento  do  C.O.N.D.U.*  sobre  a escolha do 15 de Novembro como dia nacional da Umbanda, bem como o seu significado para a religião e o movimento umbandista.



"Porque Milhões de brasileiros escolheram 15 de Novembro como o DIA NACIONAL DA UMBANDA


O CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO DA UMBANDA - C.O.N.D.U. – por intermédio de sua representante no Estado do Amazonas, a Cruzada Federativa Espírita de Umbanda,  tomou conhecimento do comentário da sessão “Umbanda – Quimbanda”  do jornal  “ A Notícia”,  de Manaus,  em 11 do corrente mês,  sob o título “Escolha Justa”,  no qual se lê que  “ a suposta escolha de 15 de novembro para ser considerado o Dia da Umbanda,  sugerida num encontro umbandista, no Rio de Janeiro, vinha decepcionando”… e que  “a data diz respeito à  Proclamação da República,  nada tendo a ver com a Umbanda, o que significa que foi sugerida por profanos,  por quem desejava apenas homenagear um centro”… ”Os umbandistas amazonenses disseram que o 13 de Maio,  data da libertação dos escravos é realmente a mais indicada”.
O C.O.N.D.U. esclarece que:
A data de 15 de Novembro foi proposta pelas entidades federativas do Rio de Janeiro, na I Convenção Anual deste Conselho,  da qual participaram 25 federações,  representando a maioria absoluta dos Estados;  e que não opuseram qualquer objeção à escolha.
Entre as datas sugeridas – 13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos –  e 22 de Novembro – dia de Araribóia –  venceu por unanimidade 15 de Novembro.  Nessa data,  em 1908,  manifestou-se pela primeira vez,  numa sessão da Federação Espírita,  em Niterói,  uma entidade que declarou trazer a missão de estabelecer um culto,  no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual,  organizado no plano astral do Brasil.  Na época,  esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas,  mas as suas mensagens eram recusadas,  por serem eles considerados atrasados,  tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam.
A entidade,  que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual,  deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.
No dia seguinte,  verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos,  Zélio Fernandino de Moraes,  de tradicional família fluminense.  A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto,  que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda,  cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual,  através de passes, desobsessões e curas de enfermos.
O templo,  que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funciona ainda hoje,  no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio ) num sítio em Boca do Mato,  Cachoeiras de Macacu,  completando,  em Novembro próximo, 69 anos de atividade.
Prosseguindo a sua missão,  o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7 templos,  cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera,  às quintas-feiras à noite,  para esclarecimentos sobre a doutrina espírita,  o Evangelho e as normas ritualísticas da Umbanda.  Estas normas determinavam:  médiuns uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas ritmadas;  preceitos baseados apenas em água,  amaci de ervas,  flores e pemba, atendimento totalmente gratuito,  não sendo admitido estabelecer nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma.  Os templos, organizados administrativamente,  mantinham-se pelas contribuições dos associados.
Milhares de templos,  em quase todos os Estados,  descendem desse grupo inicial,  conservando, em sua maioria,  a pureza da doutrina e da ritualística.  Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada,  de início,  Lei de Umbanda,  ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se,  portanto,  a escolha da data de 15 de Novembro,  por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas:  Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República,  em 1889,  o Estado deixou de ter uma religião oficial,  permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina,  se difundissem livremente.
(Jornal “Gira de Umbanda” 1976)

Extraído de  ”A Umbanda Brasileira”, livro de José Fonseca  publicado em 1978, depois de passar pelo Jornal ” Gira de Umbanda” em 1976. Páginas 7,8 e 9.

Observação de Pedro Kritski, autor do Registros de Umbanda, (que achei muito interessante) sobre a carta:
É interessante observar no  texto o desconhecimento existente na década de 70 de grande parte do movimento umbandista da história  ocorrida em 1908 – bem como do próprio rito original, cujo estudo e análise ainda hoje é renegado pela grande maioria dos umbandistas –  os motivos da escolha do 15 de novembro pelo próprio Caboclo das  Sete Encruzilhadas para a sua manifestação e a anunciação da nova religião, as considerações feitas sobre o 13 de maio, como sendo a data mais apropriada para representar a Umbanda, o que representa a existência de uma grande associação na época, da origem da Umbanda, o seu surgimento, com as religiões e a cultura afro-brasileira. Posição ainda sustentada por grande parte das vertentes africanistas de Umbanda, que relutam em reconhecer fatos históricos;  a Umbanda como religião puramente brasileira, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade,  Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas como os fundadores e precursores da Umbanda.

Fonte: Registros de Umbanda

*C.O.N.D.U. - Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda. Criado em 12 de Setembro de 1971 sendo o primeiro órgão umbandista de caráter nacional, que conseguiu agregar em sua reunião de 1976 , 25 federações de Umbanda de todo o país,  totalizando mais de 40.000 terreiros e tendas  representadas no evento, que teve entre as suas pautas,  a escolha do dia nacional da Umbanda.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Porque reencarnamos?

FINALIDADES E JUSTIFICATIVAS



1. Expiação: O vocábulo expiação também é oriundo do latim, expiatione, e tem como significação o ato de expiar, isto é, castigo, penitência, cumprimento de pena. Todavia, sabemos que Deus não castiga ninguém e o sofrimento pelo qual estamos sendo infligidos é fruto dos nossos próprios erros. É bem verdade que a encarnação muitas vezes constitui um aprisionamento para o espírito e poderíamos comparar o planeta Terra, que ainda é um mundo de expiações e provas, a um grande presídio de almas, que padecem dos mais diversos problemas ligados às doenças, à miséria, à violência, etc. Porém, como podemos encontrar na apostila do Curso Básico de Espiritismo da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tais sofrimentos, quando suportados com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que assim vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria. Muitas pessoas ainda ficam estupefatas quando afirmamos que o sofrimento se faz necessário para a correção das falhas que possuímos. Obviamente, as almas possuem a faculdade de se melhorarem sem as dores e dificuldades infligidas na encarnação, isto quando despertam para uma nova consciência de trabalho em prol da reforma íntima e amor ao próximo. Entretanto, é sabido que muitos desses espíritos ainda relutam em se despojar dos vícios e das más inclinações. Endurecidos e cegos pelo egoísmo e pela vaidade, não conseguem se libertar dos sentimentos que aviltam o homem e, por isso, carecem da expiação terrena para compreenderem melhor os desígnios de Deus. A expiação é, assim, a alavanca que move o espírito estacionário ao caminho da perfeição.



2. Prova: Entendemos aqui a acepção prova como sinônimo de aprendizado para o espírito. O Livro dos Espíritos nos ensina que, em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o espírito. Prova não significa necessariamente sofrimento, como é o caso da expiação, mas sim a aquisição de novos conhecimentos em virtude de testes a que será submetido o espírito encarnado. Exemplificativamente, em uma nova existência o espírito encarnado estará sujeito a provas de paciência, de tolerância, de amor, de fé, de perseverança, entre outras, para que possa se depurar e adquirir mais virtudes. É a reforma íntima operando no espírito para que este possa um dia atingir a perfeição.



3. Missão: Também oriunda do latim, missione, possui o sentido de encargo, incumbência de realizar alguma coisa. Ora, todos os espíritos, ao encarnarem, possuem uma missão pré-estabelecida que, segundo os ensinamentos trazidos pelo Colégio Allan Kardec, da cidade de Sacramento, em Minas Gerais, podemos denominá-la de planejamento encarnatório. Os espíritos mais adiantados vislumbram quais as possibilidades mais favoráveis ao adiantamento do espírito e, antes deste encarnar, traçam um planejamento de toda a sua existência, desde o nascimento até o desencarne. A família que o receberá, as pessoas de sua convivência, o emprego, a escola, as escolhas e as opções que deverá fazer em sua encarnação. Tais missões, de modo geral, enquadram-se em papéis de maior ou menor intensidade, de acordo com a capacidade e a elevação do espírito reencarnante. Não podemos confundir a missão definida para cada espírito com a encarnação de espíritos missionários, que são avatares incumbidos de grandes realizações no planeta, como é o caso dos espíritos sublimes que nos trazem tantos ensinamentos de conduta moral e ética. É por isso que preferimos a palavra missão pelo vocábulo tarefa, pois nossas realizações ainda são pequenas diante da grande responsabilidade assumida por um espírito missionário. Mas, são essas pequenas tarefas que nos ajudarão a crescer moral e espiritualmente e que nos conduzirão ao reino de felicidade anunciado por Jesus.



4. Cooperação na Obra do Criador: Aprendemos no capítulo XI, item 24, da Gênese de Allan Kardec, que o trabalho inteligente realizado pelo espírito encarnado em seu proveito sobre a matéria, concorre para a transformação e o progresso material do globo em que habita; assim é que, progredindo ele mesmo, colabora na obra do Criador, de que é agente inconsciente. Todas as almas estão obrigadas a esta cooperação de que falta a codificação kardequiana. Além daquilo que temos a expiar, além das provas a que somos submetidos e além de cumprir fielmente a missão ou tarefa a que nos propomos, devemos colaborar com esta grande obra, que é o alcance da perfeição humana. Algumas almas mais preguiçosas poderiam esbravejar dizendo o seguinte: quer dizer então que, além de sofrer (expiação), ser submetido a testes (prova) e cumprir tarefas estipuladas em minha vida (missão), ainda devo ajudar a Deus? E a resposta é SIM. Obviamente que sim. Ninguém alcançará a perfeição sozinho. Ninguém estará plenamente feliz enquanto houver uma alma sequer sofrendo. A caridade trazida como o caminho para a salvação é a máxima cristã da mais pura beleza e veracidade. O capítulo XIII do Evangelho Segundo o Espiritismo contém pérolas de ensinamentos que trazem aos homens o real significado de uma existência: auxiliar ao próximo em suas carências sem ostentação. Eia a nossa verdadeira missão. A despeito da pergunta formulada acima, Jesus fatalmente nos responderia o que segue: se desejosos de atingires a perfeição, olhai primeiro para baixo de vós, e vereis quantos estão a sofrer e padecer das mais cruéis e inúmeras dificuldades da matéria. Auxiliai primeiro estes para serdes auxiliados depois. Trabalhando, sendo operosos e fazendo a nossa parte enquanto espíritos encarnados, estaremos dando a nossa parcela de contribuição, somos singelos operários a serviço do Grande Arquiteto do Universo.


5. Ajudar a Desenvolver a Inteligência: A encarnação também tem como escopo o desenvolvimento intelectual do espírito. Todavia, essa gama de conhecimentos que se adquire através das várias existências deve servir para conduzir as inteligências retardatárias ao Criador. Como nos ensina o Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo VII, a conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Se o meio onde o espírito habita lhe favorece o aprimoramento de seus conhecimentos, ele deverá reparti-lo com aqueles que não tiveram as mesmas condições e oportunidades. Por outro lado, cultura não é sinônimo de sabedoria. De nada adianta a alma acumular conhecimentos de toda espécie e não praticar o amor e a caridade em sua vida. Poderíamos comparar essa inteligência a um automóvel muitíssimo veloz e sofisticado, mas que não possui um hábil condutor: fatalmente se chocaria por não estar governado por mãos caridosas e amoráveis. Melhor seria possuir poucos recursos intelectivos, mas conduzindo os ditames da vida com bom senso e discernimento, auxiliando sempre aqueles menos afortunados do caminho.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Também se constitui como uma das finalidades da reencarnação o refazimento do corpo perispiritual. É cediço que o espírito desregrado, preso aos vícios e às paixões que envilecem o homem, ao desencarnarem, podem chegar a perder sua forma perispirítica. Assim como o suicida, que do mesmo modo compromete gravemente o seu corpo fluídico, é dada a oportunidade de uma nova existência tão somente para o restabelecimento desse corpo. Geralmente, essas encarnações se dão de forma compulsória, sem a aquiescência do espírito encarnante, mas a discussão mais detalhada sobre esse assunto implicaria em delongar mais o nosso trabalho, o que não é nosso objetivo.
Desejamos aqui apenas ressaltar a importância do conhecimento das finalidades da reencarnação para que possamos efetivamente aplicá-las em nossas vidas, em todas as suas nuances. Expiando nossas faltas, aprendendo com as provas a que somos submetidos, cumprindo rigorosamente a missão (tarefa) a que nos propomos na pátria espiritual, colaborando na grande obra da criação e desenvolvendo nossa inteligência, estaremos dando largos passos a caminho da evolução e, consequentemente, da nossa própria felicidade.
Que o bondoso Mestre Jesus possa nos amparar diante dessa caminhada, para que os fardos pesados se tornem mais leves e suportáveis em nossa atual existência.

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Esta é a 3a Parte do texto sobre Reencarnação.
Para ler a 1a Parte clique AQUI e para ler a 2a Parte clique AQUI.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

02 de Novembro - Dia de Finados (S. Lázaro - Omulu)

OMULU / OBALUAÊ
Sincretismo: São Lázaro / São Roque
   




 1. O nome desses Orixás está relacionado ao “rei e dono da terra”. Sua veste é representada em palha e esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol.
2. Energias Divinas cultuadas desde o Antigo Egito, os Orixás Omulu e Obaluaê sempre estiveram presentes nas diversas culturas, através da figura do “Anjo da Morte”, do “Ceifador de Vidas”. Na África, essas energias eram consideradas como os Senhores da Vida e da Morte, dependendo do culto seguido. Quando os negros africanos aqui chegaram, trouxeram em sua bagagem esse conhecimento adquirido ao longo dos tempos, legando a esses Orixás os domínios sobre a morte, as doenças e à medicina.
3. É muito comum, no culto umbandista, os terreiros não fazerem diferenciação entre a energia dos Orixás Obaluaê e Omulu. No entanto, existem características distintas em cada uma dessas emanações do Criador. Provavelmente a confusão que existe em relação a essas duas Forças Cósmicas deriva do fato de que ambos os Orixás, Omulu e Obaluaê, regem as energias relacionadas à vida e morte dos espíritos encarnados.
4. No aspecto relativo à morte, o Orixá Omulu é aquele que nos encaminha após nosso desencarne até o nosso local de destino, até que nos deparemos com o resultado de nossa última existência carnal. Seus falangeiros são os espíritos que atuam na hora da libertação da matéria. É por isso que a energia desse Orixá está presente em cemitérios, hospitais, necrotérios, etc.
5. Já a energia que recebe o nome de Obaluaê, juntamente com a energia do Orixá Nanã, é encarregado de trazer o espírito à nova vida que irá ter na matéria. Obaluaê é o Senhor das Passagens. Seus falangeiros respondem pela elaboração do projeto da nova encarnação do espírito, fazendo a redução do períspirito até o tamanho fetal, atuando na ligação do espírito ao corpo, após a fecundação, fixando-o ao útero materno para o desenvolvimento com vida e posterior nascimento.
6. Obaluaê, assim como Omulu, traz a cura para as nossas doenças. É a energia de Obaluaê que possibilita a atuação dos médicos e profissionais de saúde para trazerem o alívio necessário às dores dos que sofrem. É considerado o médico dos pobres.
7. É o Orixá da transformação. São energias desintegradas, energia letal. É também conhecido como o senhor da morte e destruição. Rege a transmutação em todos os sentidos. Por isso é muitas vezes mal compreendido e chamado do “senhor do cemitério” o que não está correto, porque Omulu rege a transformação, e não somente a morte, embora seja a maior das transformações que um ser humano possa passar.
8. Características dos filhos (arquétipo) de Omulu/Obaluaê: O arquétipo de Omulu/Obaluaê é o das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima. Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranqüila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais. Introspectivos, pensativos, reservados, observadores, pesquisadores, modestos, simples e misteriosos. Normalmente tem poucos, mas sinceros amigos. São lentos, calmos e agitados ao mesmo tempo. São estudiosos quando se interessam  por um assunto e de preferência místico. Gostam de lugares sombrios e sem muita gente. No lado negativo são medrosos, indecisos e apreensivos. São fatalistas, dramáticos e exagerados, teimosos, pirracentos, nervosos e ansiosos.
9. Cor: Branco e Preto
10. Fio de Contas (Guia): Branco e preto (intercalando as duas cores)
11. Ervas: Velame, mastruço, vassoura preta, folha de laranja lima, folhas de milho
12. Símbolo: Cruz
13. Pontos da Natureza: Cruzeiro do cemitério
14. Flores: Quaresmeira, cravo vermelho, rosas brancas, palmas
15. Pedras: Ônix, Turmalina Negra
16. Metal: Chumbo
17. Saúde: todos os órgãos (responsável pelo funcionamento do organismo num geral)
18. Dia da Semana: Segunda-feira
19. Elemento: Terra
20. Saudação: Atoto Obaluaê! Atoto Meu Pai!
21. Bebida: Vinho tinto, aloá, sumo de suas próprias ervas
22. Fruta: Banana da terra, abacaxi, laranja lima
23. Comidas: Coco fatiado coberto com mel e pipocas
24. Data Comemorativa: Obaluaê – 16 de Agosto e Omulu – 02 de Novembro
25. Sincretismo: Omulu – São Lázaro / Obaluaê – São Roque
26. Incompatibilidades (Quizilas): Carne de Porco, caranguejo, genipapo.